Personagens da
história mundial, que contribuíram com a nossa sociedade como Van Gogh,
Napoleão Bonaparte, Machado de Assis, Alfred Nobel, Joana D’Arc, etc. tiveram
epilepsia. Isso significa que as pessoas portadoras de Epilepsia não são menos
inteligentes e que atualmente, com os avanços da medicina, elas podem ter uma qualidade
de vida muito melhor que esses personagens tiveram nas suas épocas.
EPILEPSIA:
- Condição neurológica grave muito comum que acomete 1-2% da população brasileira, ou seja, 3 milhões de pessoas;
- Aproximadamente 50% dos casos começam na infância ou na adolescência;
- Ainda hoje essas pessoas, com epilepsia, são estigmatizadas e discriminadas na nossa sociedade por conta da falta do conhecimento de que essa é uma condição tratável.
Em 1997 foi lançada uma campanha global pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
“Epilepsia fora das sombras” atendimento e tratamento da epilepsia.
ASPE- ONG Executora Oficial da Campanha Global” Epilepsia Fora
das Sombras” da O.M.S no Brasil
“Esta campanha desenvolve projetos em diversos
locais do mundo com o objetivo de melhorar a identificação e o manejo das
pessoas com epilepsia, incrementando a participação da comunidade e criando um
modelo de tratamento integral aos pacientes e familiares. Em 2001, a Campanha
Global entrou na sua segunda fase com a instituição de projetos demonstrativos
que visam formular através de metodologia científica um modelo de tratamento
aos pacientes com epilepsia. Têm como objetivo investigar e testar a eficácia
de um programa de intervenção que melhore o diagnóstico e tratamento da
epilepsia usando drogas de primeira linha e que reduza o impacto do estigma na
epilepsia. Quatro países, China, Senegal, Zimbábue e Brasil participam
oficialmente desta segunda fase da Campanha Global.
O projeto demonstrativo brasileiro está em andamento
desde 23 de setembro de 2002, coordenado e executado pelo projeto ASPE
(Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia), uma organização civil,
não-governamental, sem fins lucrativos, de direito privado, de caráter
médico-social fundada em 27/03/2002, com sede jurídica na cidade de Campinas,
Estado de São Paulo, endereço eletrônico ASPE: www.aspebrasil.org .
A ASPE foi formada então, a partir desta Campanha
Global, e conta hoje com os seguintes departamentos: científico, médico,
educação, psico-social e comunicação.”
Disponível em < http://www.aspebrasil.org/quemsomos.php
> Acesso em 20/9/2010
DEFINIÇÃO
É uma condição
neurológica crônica grave caracterizada por:
·
Crises
epiléticas repetidas no intervalo maior que 24 h.
·
Na
ausência de febre. A convulsão febril é causada por um fator externo – a febre,
nesse caso a convulsão não é epilepsia.
·
Na
ausência de infecções no sistema nervoso ou intoxicação. Ex. convulsões por
overdose de drogas não é epilepsia.
COMO SÃO AS CRISES
· As crises epiléticas, popularmente conhecidas como ataques ou convulsões, são eventos de curta duração.
·
Ocorrem
durante o funcionamento inadequado do cérebro que provoca descargas elétricas
excessivas.
o
CRISES PARCIAIS: ocorrem quando a descarga elétrica excessiva ocorre
em um local específico do cérebro e duram alguns segundos Durante essa crise,
as pessoas podem estar conscientes e apresentam movimentos em um dos membros ou alterações de visão, olfato, audição e
paladar.
§ Exemplos:
pessoa que
apresenta os olhos e o rosto sendo “repuxados” involuntariamente e pessoas que em
determinados momentos apresentam automatismos (braços) e sentem-se enjoadas não
conseguindo interagir (crise parcial
complexa por perderem a consciência e não poderem interagir).
o
CRISES GENERALIZADAS: quando a descarga elétrica excessiva
ocorre no cérebro todo. Leva a uma perda de consciência
§ A convulsão: (crise tônico-clônica) é a mais comum
das crises.
§ Ausência: a pessoa fica com o olhar fixo em um ponto,
se “desliga” e em poucos segundos volta ao normal e continua o que fazia
anteriormente.
§ Mioclonias
ou solavancos.
§ Espasmos: encontrados em crianças recém-nascidas e em crianças bem pequenas.
Quando esses espasmos, “sustos”, ocorrem sem um estímulo externo é muito perigoso,
pois nesse caso há a possibilidade de ser a Síndrome de West, uma síndrome
neurológica muito grave que se for descoberta logo no início terá um prognóstico
melhor.
A EPILEPSIA NAS DIFERENTES FASES DA VIDA
INFÂNCIA
Por conta da
epilepsia nos filhos muitos pais preocupados e confusos tornam-se extremamente permissivos ou o contrário, rejeitam a epilepsia e os
impedem de viver normalmente participando de atividades sociais e esportivas.
Esse
comportamento inadequado dos pais diante da epilepsia gera na criança, que percebendo isso nos pais, comportamentos também inadequados em casa e na escola,
dificuldades de aprendizado e de relacionamento com os colegas.
ADOLESCÊNCIA
Quando as crises
se iniciam nesta fase - que é a fase dos desejos de independência e autonomia - a epilepsia
vem para se contrapor à esses desejos mantendo os adolescentes dependentes dos
pais e consequentemente começam a apresentar dificuldades
de relacionamento social, no estudo, com o futuro, com a sua autoestima, humor e
nas atividades da vida diária.
ADULTOS
Supõe-se que os adultos já encontram-se estáveis diante da vida pessoal e
profissional. Mas quando a epilepsia se inicia nessa fase (geralmente como uma sequela de um AVC -Acidente Vascular Cerebral- ou acidente) todas as dimensões da vida do adulto são
afetadas.
EPILEPSIA NA ESCOLA
A frequência da
epilepsia em crianças e adolescentes na fase escolar é muito alta. Mas a maioria dos profissionais da educação não sabe identificar os sintomas e /ou não tem conhecimento se a criança ou adolescente tem Epilepsia pelo fato de que os pais não informam a escola sobre a situação dos filhos.
Por falta de
conhecimento sobre a doença há muitos casos nos quais a família da pessoa com Epilepsia a discrimina pensando, algumas
vezes, a estarem protegendo da
discriminação da sociedade ou de possíveis acidentes em trajetos ou no trabalho
ou, no caso de crianças e adolescentes, para protegê-los dos colegas e professores que
possam fazê-los sofrer com a discriminação.
Em outros casos
a família entende que a pessoa, desde que esteja recebendo tratamento, não deve
ser tratada diferentemente das demais e a estimulam a buscar meios para
enfrentar os desafios que todos nós vivenciamos cotidianamente.
Como vimos anteriormente uma pessoa com Epilepsia pode e deve ter uma vida normal. A sua condição não a impede de exercer a sua cidadania e não pode, em hipótese alguma, ser um entrave que a impeça de trabalhar e participar de atividades físicas e sociais.
Podemos colaborar para que a Epilepsia "saia das sombras" divulgando o nosso conhecimento e agindo de maneira adequada diante de uma situação de crise de Epilepsia.
Como vimos anteriormente uma pessoa com Epilepsia pode e deve ter uma vida normal. A sua condição não a impede de exercer a sua cidadania e não pode, em hipótese alguma, ser um entrave que a impeça de trabalhar e participar de atividades físicas e sociais.
Podemos colaborar para que a Epilepsia "saia das sombras" divulgando o nosso conhecimento e agindo de maneira adequada diante de uma situação de crise de Epilepsia.
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