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1 de out. de 2009

Em um cinema mudo, pianista cego executa trilhas ao vivo com a ajuda de sua neta.

Velha História

Pronunciamento da ABD (Associação Brasileira de Dislexia)

"No dia 21 de setembro de 2009 foi realizado na Câmara Municipal de São Paulo o Seminário 'Dislexia Subsídios para políticas publicas'. A ABD foi convidada a participar na organização do evento em março  de 2009  porém, declinou o convite no mês de junho. As cartas encaminhadas  aos organizadores, estão a disposição logo abaixo nesta página, assim como as listas de instituições nacionais e internacionais apoiadores da dislexia"

À Câmara Municipal dos Vereadores de São Paulo
Prezados Senhores Vereadores Juscelino Gadelha e Eliseu Gabriel
A Associação Brasileira de Dislexia - ABD sente-se muito honrada  ao ser convidada a participar do I Seminário Internacional de Dislexia programado para o dia 21 de setembro de 2009 na Câmara Municipal dos Vereadores de São Paulo.
Foi muito gratificante para a ABD receber esse convite no ano que completa o jubileu de prata de atividades voltadas ao diagnóstico da dislexia,  orientação ao paciente disléxico e promoção de cursos de capacitação profissional para atender os portadores de dislexia. Mas ao serem examinados os detalhes do Seminário, notamos que o tema principal da discussão será sobre a existência da dislexia, o que nos pareceu estranho. A dislexia é citada na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) sob o número F.81.0, bem como no DSM IV (editado pela Academia Americana de Psiquiatria) sob o número 315.00.
Após 25 anos de atuação profissional para o diagnóstico, orientação, divulgação e pesquisa na área da dislexia, embasada em dados nacionais e internacionais não nos parece pertinente esse tipo de discussão. A dislexia, como diagnóstico médico, já ultrapassou um século de existência e para constar na classificação do CID 10 e do DSM IV necessitou de um trabalho exaustivo da comunidade científica mundial para atingir esse status. Portanto uma contestação a esse diagnóstico  não nos parece ser da alçada de um Seminário tal qual está sendo organizado, mas sim de âmbito internacional envolvendo todas as entidades dedicadas aos estudos e pesquisas sobre o tema. Destarte, a ABD agradece o honroso convite, mas abdicará da participação, pois extrapola à sua competência alterar as diretrizes vigentes a respeito da dislexia.
Sem mais para o momento
Atenciosamente,
Associação Brasileira de Dislexia - ABD

http://www.dislexia.org.br/

Leia mais.....

Dislexia é tema de seminário na Câmara Municipal de São Paulo

Dislexia é um transtorno ou distúrbio de aprendizagem

Juvenal Pereira
Dislexia é tema de seminário na Câmara Seminário aconteceu no Salão Nobre da Câmara
O vereador Eliseu Gabriel( PSB) juntamente com o  Conselho Regional de Psicologia -SP, o Sindicato dos Psicólogos do Estado de SP e o  Grupo Queixa Escolar promoveram, nesta segunda-feira ( 21/09), o seminário “Dislexia, Subsídios para Políticas Públicas”, na Câmara Municipal.
O objetivo do seminário é levar ao conhecimento do Legislativo Municipal e Estadual Paulista a polêmica que envolve o diagnóstico e o tratamento dos denominados “transtornos ou distúrbios de aprendizagem”.
Segundo os organizadores, a dislexia tem sido usada no meio educacional como justificativa da dificuldade que certas crianças apresentam no processo de aprendizado da leitura e da escrita.
Os legisladores, sensíveis às demandas sociais, passaram então a propor leis para garantir a identificação precoce da dislexia na rede pública e o encaminhamento das crianças ao sistema de saúde.
Foram abordados os seguintes temas : O enfrentamento de dificuldades ou distúrbios de leitura e escrita no Município de São Paulo;  Dislexia existe? Questionamentos a partir de estudos científicos; Medicalização e escolarização: por que as crianças não aprendem; O que pensam as entidades da Psicologia sobre o tema : Conselho Regional e Sindicato; e no fim foi realizado um debate.

Mas na verdade o que foi discutido.... a existência ou não da Dislexia!

A ABD abdicou de participar e se pronuncia. Veja na próxima postagem.

23 de set. de 2009

Símbolo da Psicopedagogia



Ao se definir e conceber o símbolo da profissão, buscamos produzir uma síntese das consciências particulares, estabelecendo, conseqüentemente, através daquela concepção a consciência coletiva do segmento profissional.

Inspirado nos valores éticos inerentes à nossa profissão e nos princípios e significados da simbologia, o símbolo deveria traduzir toda a grandeza da Psicopedagogia. Nossa proposta para sua criação tinha como objetivo estabelecer o vínculo com nossa história e, resgatar seu real significado que, hoje mais do que nunca, permanece através da legitimidade que a sociedade lhe atribui.

Como resultado de todo este processo, a proposta de se partir da simbologia da Fita de Möbius foi aprovada.

Por que Fita de Möbius?

Em 1858, o matemático e astrônomo alemão Auguste Ferdinand Möbius ao pesquisar o desenvolvimento de uma Teoria dos Poliedros, descobriu uma curiosa superfície que ficou conhecida com seu nome, a Fita de Möbius. É uma fita simples que tem duas superfícies distintas (uma interna e outra externa) limitadas por duas margens. Trata-se de uma superfície de duas dimensões com um lado apenas. Assim, se caminharmos continuamente ao longo da fita, atravessamos ora uma, ora outra dimensão.

O que encanta nesta fita é a sua extraordinária simplicidade aliada a um resultado complexo – transformando o finito em infinito.

Estas idéias foram passadas para dois design-gráficos que apresentaram algumas propostas, as quais foram apresentadas para no VIII Congresso Brasileiro de Psicopedagogia para que os congressistas votassem.

O significado do Símbolo eleito foi descrito da seguinte forma:

Fita de Moebüs com 3 voltas. Representa o olhar do Psicopedagogo. As voltas estão dispostas de forma a representar a aprendizagem do indivíduo. O círculo central representa o indivíduo em processo para a aquisição de conhecimento, chegando ao fim com mudanças perceptíveis (círculo vermelho).

Esse símbolo foi assim representado com o propósito de caracterizar nossa área de atuação, representando o Psicopedagogo com suas características próprias.

Esperamos que nosso Símbolo seja amplamente divulgado!

Um forte abraço
Quézia Bombonatto
Presidente Nacional da ABPp

Dislexia é tema de seminário na Câmara


21/09/2009 - 17:20 - Debates - Dislexia é tema de seminário na Câmara

Dislexia é um transtorno ou distúrbio de aprendizagem
Juvenal Pereira
Dislexia é tema de seminário na Câmara Seminário aconteceu no Salão Nobre da Câmara

O vereador Eliseu Gabriel( PSB) juntamente com o Conselho Regional de Psicologia -SP, o Sindicato dos Psicólogos do Estado de SP e o Grupo Queixa Escolar promoveram, nesta segunda-feira ( 21/09), o seminário “Dislexia, Subsídios para Políticas Públicas”, na Câmara Municipal.

O objetivo do seminário é levar ao conhecimento do Legislativo Municipal e Estadual Paulista a polêmica que envolve o diagnóstico e o tratamento dos denominados “transtornos ou distúrbios de aprendizagem”.

Segundo os organizadores, a dislexia tem sido usada no meio educacional como justificativa da dificuldade que certas crianças apresentam no processo de aprendizado da leitura e da escrita.

Os legisladores, sensíveis às demandas sociais, passaram então a propor leis para garantir a identificação precoce da dislexia na rede pública e o encaminhamento das crianças ao sistema de saúde.

Foram abordados os seguintes temas : O enfrentamento de dificuldades ou distúrbios de leitura e escrita no Município de São Paulo; Dislexia existe? Questionamentos a partir de estudos científicos; Medicalização e escolarização: por que as crianças não aprendem; O que pensam as entidades da Psicologia sobre o tema : Conselho Regional e Sindicato; e no fim foi realizado um debate.

Fonte: http://www.camara.sp.gov.br/cr0309_net/forms/frmNoticiaDetalhe.aspx?n=1311

21 de ago. de 2009

Sensibilidade à luz pode afetar aprendizado escolar.

Sinais de desconforto ao sol e iluminação artificial intensa podem revelar dificuldades nas atividades escolares, leitura, equilíbrio e fala.

Você sabe como está o desenvolvimento escolar e pessoal do seu filho? Observar o comportamento do aluno durante os estudos e as brincadeiras é a melhor forma de acompanhar e perceber como está sua evolução.
O desconforto ao sol, a utilização de régua ou dedo para acompanhar as linhas de um texto, o apoio da testa com as mãos durante a leitura, a procura constante por sombra para brincar e a distração no momento dos estudos são sinais de que as atividades não estão sendo aproveitadas integralmente.

"A exposição à luz solar ou à luminosidade intensa em diversos ambientes, como escritórios, escolas e supermercados, pode provocar, em diversos indivíduos, sensações de irritabilidade, ansiedade e fortes dores de cabeça. Isso acontece porque essas pessoas podem ser portadoras de hipersensibilidade a uma determinada freqüência de luz, já que percebem a luminosidade mais forte e brilhante que as demais pessoas", observa a médica.


14 de ago. de 2009

Sinais Comuns de Dislexia

Na Educação Infantil
Falar tardiamente.Dificuldade para pronunciar alguns fonemas.Demorar a incorporar palavras novas ao seu vocabulário.Dificuldade para rimas.Dificuldade para aprender cores, formas, números e escrita do nome.Dificuldade para seguir ordens e seguir rotinas.Dificuldade na habilidade motora fina.Dificuldade de contar ou recontar uma história na seqüência certa.Dificuldade para lembrar nomes e símbolo.
Na Classe de Alfabetização e 1ª série do Ensino Fundamental
Dificuldade em aprender o alfabeto.Dificuldade no planejamento motor de letras e números.Dificuldade para separar e sequenciar sons (ex: p – a – t – o ).Dificuldade com rimas (habilidades auditivas).Dificuldade em discriminar fonemas homorgânicos (p-b, t-d, f-v, k-g, x-j, s-z).Dificuldade em seqüência e memória de palavras.Dificuldade para aprender a ler, escrever e soletrar.Dificuldade em orientação temporal (ontem – hoje – amanhã, dias da semana, meses do ano).Dificuldade em orientação espacial (direita – esquerda, embaixo, em cima...).Dificuldade na execução da letra cursiva.Dificuldade na preensão do lápis.Dificuldade de copiar do quadro.

5 de jun. de 2009

DISTÚRBIO, TRANSTORNO OU DIFICULDADE?



Aprender é um processo pelo qual o comportamento se modifica em conseqüência da experiência. E, para que a aprendizagem aconteça, é necessário haver integridades básicas das funções psicodinâmicas (aspectos psicoemocionais), do sistema nervoso periférico (canais para a aprendizagem simbólica) e do sistema nervoso central (armazenamento, elaboração e processamento da informação).

Se uma ou mais funções estão comprometidas, crianças, adolescentes ou adultos apresentam desempenho acadêmico abaixo do esperado e, por isso, são comumente rotulados como pessoas com problemas de aprendizagem. Atualmente, no entanto, quando profissionais de saúde e educação têm à sua disposição os conhecimentos gerados pelas neurociências, já não é possível continuarmos a fazer tal generalização. Afinal, intervenções precisas só podem ser realizadas se, a partir dos sintomas observados, forem feitos diagnósticos corretos.

Primeiramente, é preciso que reconheçamos as diferenças entre distúrbio, transtorno e dificuldade, o que acontece com base não só na região cerebral afetada e na função comprometida como também nos problemas resultantes.


Dislexia

Dis: dificuldade
Lexia: leitura
Definir dislexia talvez seja uma das tarefas mais controversas da área. Na literatura há uma gama de nomenclaturas e classificações propostas, isso dificulta a formação de uma linguagem única e padronizada, levando a uma falta de entendimento entre os profissionais.

Entre as definições de dislexia do desenvolvimento temos a proposta pelo DSM-IV (2002) (1), na qual o transtorno de leitura (dislexia) "consiste em rendimento em leitura substancialmente inferior ao esperado para a idade cronológica, inteligência e escolaridade do indivíduo". Outros autores, entre eles Ellis, 1995; Pinheiro, 1994; Nunes, 1992; Condemarin e Blomquist, 1989, Massi e Silva 2001, definem a dislexia do desenvolvimento como "sendo uma desordem na aprendizagem da leitura com competência, que acomete crianças com inteligência dentro dos padrões de normalidade, sem deficiências sensoriais, isentas de comprometimento emocional significativo e com oportunidades educacionais adequadas".

Para compreendermos melhor a dislexia temos que diferenciar os dois tipos existentes, a dislexia de desenvolvimento e a dislexia adquirida. A dislexia do desenvolvimento também chamada de primária ou específica é aquela na qual a inabilidade na aquisição completa da competência de leitura é de origem constitucional. Já a dislexia adquirida ou sintomática ocorre quando as habilidades de leitura já desenvolvidas são perdidas devido a uma lesão cerebral (Spreen, Risser e Edgel, 1995; Pinheiro, 1995, Salles, Parente e Machado 2004).

As dislexias adquiridas podem ser subdivididas, segundo Pinheiro 1994 e Morais 1996 em dislexias periféricas e centrais. Na dislexia periférica a lesão localiza-se no sistema de análise visual, dificultando a percepção das letras. Na dislexia central, além do comprometimento do sistema de análise visual, há também alteração em parte de uma das rotas, fonológica ou lexical ou em ambas.

Já as dislexias do desenvolvimento têm inúmeras formas de classificação. Neste artigo utilizaremos o modelo de Dupla Rota proposta por Ellis, 1995, por ter sido extraído de vários outros nas áreas de consenso. A partir deste modelo podemos classificar as dislexias do desenvolvimento em: Dislexia fonológica ou sublexical, Dislexia lexical ou de superfície e Dislexia Mista.

Na dislexia fonológica freqüentemente ocorrem problemas no conversor grafema-fomena e/ou em vincular os sons parciais em uma palavra completa (França e Moojen, 2006). A rota lexical nestes casos apresenta aceitável funcionamento. As dificuldades encontram-se na leitura de palavras de baixa incidência, sílabas desconexas e pseudopalavras. As palavras familiares são lidas com razoável desempenho.

Na dislexia lexical, há uma dificuldade em operar utilizando-se a via lexical. Nestes casos a rota fonológica está relativamente preservada. As dificuldades residem na leitura de palavras irregulares, a leitura é lenta, vacilante, silabada devido à necessidade de operar pela via fonológica.

Na dislexia mista os problemas estão focalizados em ambas as vias, fonológica e lexical. Estes quadros, em geral, são mais graves e necessitam de maior empenho para atenuar as alterações.

(1) DSM IV-Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - a classificação dos transtornos mentais da Associação Americana de Psiquiatria.Fonte:
Laura Niquini de Faria Fonoaudióloga do Hospital de Olhos - CRF. 6143/MG

Dislexia de leitura - Tratamento

A abordagem é sempre multidisciplinar, sendo que a contribuição oftalmológica é feita pela correção refracional e avaliação ortóptica, que são habitualmente realizados como parte de um exame oftalmológico padrão.

Exame Neurofisiológico do Processamento Visual, que é feito além do exame padrão. Ele é composto pelo Exame Dinâmico do Processamento Visual, da Avaliação da Qualidade de Visão em que se estima as habilidades de visão de acordo com a grau de luminância ( fotossenbilidade & visão noturna), estereopsia (visão em profundidade), campo visual de leitura ativa, fixações, regressões, movimentação de retorno ao final de cada linha de leitura, coordenação interocular, relação entre eficiência de leitura e compreensão. Após esta análise emite - se um Diagnóstico Padrão de Leitura e Cognição – o DPLC, que servirá como referencial na caracterização da Dislexia de Leitura e no acompanhamento da evolução escolar e profissional.

A sensibilidade a certos comprimentos de onda (no Método Irlen chamada de Síndrome Scotópica ou SS) provoca distorções no processamento pós-retiniano fazendo com os impulsos elétricos cheguem ao córtex cerebral em momentos distintos, com perda da qualidade da interpretação visual. Uma vez caracterizada a Dislexia de Leitura é feita uma avaliação psicofísica dos sintomas visuais à leitura, com variações de intensidade e luminância pela escolha de Filtros Seletivos da luz visível - comprimentos de onda entre 390 a 760 nanômetros – e da luz não visível como os infravermelhos e ultravioletas.

Ao final do Exame Neurofuncional é feita a prescrição de Filtros Seletivos ou de Lâminas Seletivas para a filtragem espectrofotocromática seletiva. As Lâminas Seletivas (em número de 10) são utilizadas para atividades de Leitura obtendo grande melhora na velocidade, fluência, compreensão e tolerância à manutenção da atenção e foco por tempo prolongado o que, antes de seu uso, era praticamente inexistente dado o grau de desconforto apresentado pelos portadores da Dislexia de Leitura.

Os Filtros Seletivos, selecionados a partir de uma gama inicial de 100 cores, são combinados entre si para detectar quais deles interferem no processamento visual que causa os sintomas da Dislexia de Leitura. Estas combinações são então transferidas para os Óculos com Filtragem Seletiva. Estes óculos são usados para ampliar o ajuste neurovisual nas áreas da matemática e em atividades de cópia, escrita, soletramento, uso de computador, direção de veículos, esportes, percepção em profundidade etc. As combinações são infinitas para o tratamento do comprimento de onda exato em que o distúrbio neurovisual se manifesta em cada indivíduo.

Estes filtros são adicionados separadamente em justaposição e sem fusão em uma única cor final. Estes comprimentos de onda são posteriormente aferidos por tecnologia a laser de rubi.

Fonte:
Hospital de Olhos de Belo Horizonte

3 de jun. de 2009

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH




O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH é um transtorno mental crônico, multifatorial, neurobiológico, de alta freqüência e grande impacto sobre o portador, sua família e a sociedade. Caracterizado por dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade que se combinam em graus variáveis e têm início na primeira infância, podendo persistir até a vida adulta.

Transtorno Mental
Para entendermos o que é um transtorno mental precisamos antes definir saúde mental.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde mental como um estado de bem estar no qual o indivíduo é capaz de exercer suas aptidões, manejar os eventos estressantes normais da vida, trabalhar produtivamente e contribuir para sua comunidade.
Um transtorno mental, portanto, pode ser entendido como uma condição médica que altera este estado provocando prejuízo no desempenho global do indivíduo.

Crônico
O TDAH é um transtorno mental crônico, ou seja, se manifesta e evolui ao longo da vida, por anos a fio, ao contrário de outras condições agudas cuja duração limita-se a horas, dias ou poucas semanas.
As manifestações do TDAH sempre têm início na infância podendo persistir na adolescência e na vida adulta. Não iremos suspeitar de TDAH em um jovem de 18 anos que há dois meses encontra-se desatento, inquieto e impulsivo.

Multifatorial
São vários os fatores envolvidos na gênese do TDAH, por isso dizemos que é um transtorno multifatorial.
O fator genético é determinante, mas outros fatores também podem atuar: adversidades físicas durante a gestação (aumento da pressão arterial da gestante, hemorragias, insuficiência da placenta e sofrimento fetal, por exemplo), uso de substâncias pela gestante (cigarro, álcool e outras drogas), intercorrências ao nascimento (partos traumáticos e prolongados, falta de oxigênio para o cérebro do feto) ou outros eventos agressores do cérebro durante a infância (traumatismos cranianos graves e encefalites, por exemplo).

Neurobiológico
Poderíamos comparar o TDAH a uma peça teatral onde o cenário seria o cérebro e os atores os neurotransmissores.
Neurotransmissores são substâncias químicas responsáveis pela transmissão do impulso nervoso que, em última análise, efetuará as mais variadas e sofisticadas funções do nosso cérebro como ver, ouvir, falar, sentir, se movimentar, prestar atenção e inibir comportamentos, entre tantas outras.
Os principais atores desta peça são a dopamina, a noradrenalina e a serotonina que, no palco cerebral, desempenharão cada qual o seu papel, determinando comportamentos e dificuldades típicas inerentes ao transtorno.

Alta Freqüência
Estima-se que em torno de 5 a 8% da população infantil mundial apresente este transtorno.
No Brasil, uma pesquisa realizada por Rohde e colaboradores (1999), identificou o transtorno em 5,8% de 1013 adolescentes avaliados, uma prevalência muito semelhante à encontrada em outras regiões do mundo.
Se considerarmos o censo demográfico de 2000, que registrou um total de 66 milhões de brasileiros com idade até 19 anos, podemos estimar a existência de mais de 3 milhões de crianças e adolescentes portadores deste transtorno em nosso país.

Grande Impacto
Vários estudos na literatura avaliam o impacto negativo do TDAH sobre o portador, sua família e a sociedade.
Hoje sabemos que as conseqüências do TDAH podem ir muito mais longe do que imaginávamos no passado. O TDAH pode interferir nos setores mais distintos do indivíduo, desde seu desenvolvimento psíquico até sua memória, da sua vida de relação familiar e social até sua auto-estima, enfim, em todas as suas perspectivas, seja do que representa como pessoa, seja do mundo que o cerca.
Adultos com TDAH quando comparados com adultos sem este transtorno apresentam mais freqüentemente: uso e dependência de drogas, divórcio, tentativa de suicídio, insatisfação profissional e desajuste social.
Os sintomas
Os principais sintomas do TDAH são: dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade.
Estes sintomas ocorrem em intensidade e combinações variadas, por exemplo, uma criança com TDAH pode ser predominantemente desatenta (e menos hiperativa e impulsiva), enquanto outra apresenta a hiperatividade e impulsividade em maior expressão do que a desatenção.
No passado considerava-se a hiperatividade o sintoma principal do TDAH, com o avanço no conhecimento e diagnóstico deste transtorno, passou-se a dar importância central à dificuldade de atenção, presente em algum grau em todos os casos.
Um outro aspecto que nos ajuda a diferenciar o TDAH de outras condições é a incapacidade de modulação dos sintomas. Dada a natureza neurobiológica (orgânica) do transtorno, a criança não consegue controlar (modular) os sintomas e eles ocorrem em qualquer contexto.
Para ser TDAH os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade se manifestarão em qualquer lugar (casa, escola, clube, etc.) e em qualquer companhia (pais, avós, colegas, professores, etc.).
É pouco provável que uma criança com comportamento angelical em sua casa e que se transforma em um verdadeiro capetinha na escola apresente TDAH. Da mesma forma aquela outra criança que estando com os avós é muito bem comportada, mas com os pais fica irreconhecivelmente agitada e desatenta.
Nestes casos outros fatores estariam atuando desencadeando o comportamento anômalo e modulado.

Déficit de Atenção (desatenção)
É o sintoma central do TDAH.
No dicionário Aurélio encontramos que atenção é sinônimo de concentração, aplicação cuidadosa da mente a alguma coisa.
A atenção pode ser mais especificamente definida como o esforço de focalização do pensamento em um estímulo específico.
Já nos primeiros meses de vida podemos grosseiramente avaliar a atenção do bebê através do seu olhar, suas atitudes e o tempo que se detém, por exemplo, a fixar o rosto materno.
No pré-escolar pode ser estimada através do tempo que um brinquedo consiga entreter a criança ou sua capacidade para ouvir histórias com atenção.
Com a idade e a vinda de atividades de maior demanda, como estudar e trabalhar, a dificuldade de atenção fica mais evidente e mais fácil de ser percebida por todos e pelo próprio paciente.
Quando presente em maior grau provoca dificuldade importante no aprendizado e memória, retenções e abandono escolar, com conseqüências muitas vezes irremediáveis para outros setores como auto-estima, relacionamento social, etc.
Os pais de crianças e adolescentes com TDAH apresentam queixas que direta ou indiretamente fazem referência à dificuldade de atenção, dizem: meu filho parece não ouvir, sonha acordado, vive no mundo da Lua, não termina tarefas ou demora uma eternidade, muda de uma atividade incompleta para outra, perde seus pertences, esquece recados, não fixa conhecimentos, se distrai com muita facilidade, tem dificuldade em seguir instruções, entre outras.

Hiperatividade
Dos sintomas do TDAH a hiperatividade é o mais facilmente identificado.
Pode manifestar-se tão precocemente quanto dentro do útero materno. As mães freqüentemente relatam a movimentação intra-uterina excessiva da criança com TDAH em comparação com outros filhos sem este transtorno.
Tal hiperatividade pode já ser observada nos primeiros meses de vida. Além da movimentação excessiva estes bebês apresentam um quadro de hiperexcitabilidade caracterizado por choro inconsolável, sono difícil, fotofobia (aversão à luz forte), reação exagerada a sons (o bebê se assusta com muita facilidade), intolerância ao jejum e reflexos neurológicos exaltados.
Freqüentemente estas crianças apresentam um desenvolvimento motor adiantado começando a andar antes de um ano de idade. Logo que começam a andar, rapidamente aprendem a correr e escalar tudo que vêem pela frente. Muitos pais referem que a criança corre, não anda.
Embora muitas vezes atrasem no desenvolvimento da fala, como dizem alguns pais: depois que começam, disparam a falar e não param nunca mais. A fala excessiva, em alto volume, quase sem pausas e com pouca ou nenhuma modulação, observada nestas crianças, com freqüência chega mesmo a incomodar os pais, professores e outras crianças.
Outras formas que os pais fazem referência à hiperatividade são: meu filho é levado da breca, não pára quieto um segundo, é elétrico, parece ligado nos 220, escala demais, não consegue parar nem para tomar as refeições, se consegue ficar na TV se mexe o tempo todo, se vira e desvira de cabeça para baixo....
Nestas frases podemos reconhecer um outro elemento dentro do quadro de hiperatividade, a inquietação corporal ou como dizem os mais velhos: ter no corpo o bicho carpinteiro...
Em qualquer fase da vida o portador de TDAH apresenta uma movimentação corporal excessiva e desnecessária constituída por movimentos de vários segmentos corporais sem uma função específica, um objetivo funcional. Assim batem incessantemente o lápis na carteira até enlouquecer o professor, movimentam quadril e espáduas, chutam a carteira da frente e o caderno cai no chão, roubando a sua atenção e a dos colegas, interrompendo algo mais importante que estava em andamento.

Impulsividade
Curiosamente, embora compreendam o significado da palavra impulsividade, muitas vezes os pais não reconhecem a sua ocorrência no filho com TDAH.
Queixam-se de que a criança responde antes que terminem a pergunta, age ou fala por impulso e só depois pensa o que fez, é atirado, agressivo, impaciente, irritado e explosivo.
Todas estas queixas referem-se diretamente à impulsividade, presente com muita freqüência na criança, no adolescente e no adulto com TDAH.
A maior freqüência de divórcio em adultos com TDAH, as dificuldades de relacionamento social, a maior ocorrência de acidentes de trânsito por desrespeito à sinalização e excesso de velocidade em jovens com este transtorno, todas estas manifestações, na sua totalidade ou em parte, derivam da impulsividade.

Vamos parar e pensar?
Se o TDAH é um transtorno neurobiológico, uma disfunção química cerebral, então não se trata de um defeito de personalidade ou de caráter, nem é conseqüência de má educação?
Exatamente, muito menos uma forma de ser da criança ou do adulto portador.
Sendo assim também é correto inferirmos que alterações funcionais em determinadas áreas cerebrais podem provocar anormalidades comportamentais?

Texto extraído do livro Levados da Breca Dr. Marco Antonio Arruda. Disponível em:

19 de mai. de 2009


Esse blog está sendo construído com o objetivo de compartilhar as minhas vivências com crianças e adolescentes com dificuldades e/ou distúrbios/transtornos de aprendizagem.

Poderemos abordar assuntos como DISLEXIA, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), DISLEXIA DE LEITURA (SSS-Síndrome da Sensiblidade Escotópica/Síndrome de Irlen).

Gostaria de aqui deixar as minhas observações, reflexões e algumas informações sobre esses distúrbios e transtornos, não apenas informações.

Tenho buscado, em comunidades de Psicopedagogia, relatos de vivências, dúvidas e propostas de ações voltadas ao atendimento das crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem, Dislexia e TDAH, mas não tenho encontrado.

Na próxima postagem comentarei sobre as diferenças entre Dificuldades, Distúrbios e Transtornos de aprendizagem.

Até a próxima.

NAMASTÊ

15 de mai. de 2009

Dislexia de Leitura

Síndrome da Sensibilidade Escotópica -ou Síndrome de Irlen
Sintomas mais frequentes:

-
Sensibilidade à luz (luz do sol, luzes fortes, luzes fluorescentes, faróis, iluminação das ruas)
- Estresse e Esforço (atividades visuais, audição, TV, cores)
- Matemática (erros de alinhamento, velocidade, exatidão/precisão)
- Distração (leitura, audição, trabalho, provas)
- Dores de cabeça
- Desempenho comprometido nos esportes com bola
- Acompanhamento de objetos em movimento
- Sonolência em viagens de carro ou ônibus
- Direção Noturna (não conseguir dirigir )
- Cansaço/Fadiga geral
- Cansaço durante o uso do computador
- Audição “retardada”
- Baixa concentração no estudo e provas
- Leitura de Música
- Percepção de profundidade
- ADD (Distúrbio do Déficit de Atenção/HD (distúrbio de hiperatividade)
- Dores de estômago
- Explosões de comportamento
- Náusea/Tontura
- Dificuldade em seguir com os olhos
- Ansiedade
- Nervosismo

Síndrome de Irlen-SSS-Dislexia de Leitura:o que é

A Síndrome de Irlen-Dislexia de Leitura é a dificuldade relacionada à manutenção da atenção, compreensão e memorização e à atividade ocular durante a leitura levando a um déficit de aprendizado.

A Dislexia de Leitura afeta pessoas de todas as idades, com inteligência normal ou superior à média e está relacionada a uma desorganização no processamento cerebral das informações recebidas pelo sistema visual.

Devido ao esforço despendido no processamento das informações visuais, a leitura torna-se mais lenta e segmentada, o que compromete a velocidade de cognição e a memorização, produzindo cansaço, inversões, trocas de palavras e perda de linhas no texto, desfocamento, sonolência, distúrbios visuais, dores de cabeça, irritabilidade, enjôo, distração e fotofobia, após um intervalo relativamente curto na leitura.

Embora a causa da dislexia de leitura esteja relacionada às alterações neurobiológicas no processamento cerebral, problemas oculares contribuem significativamente para os sintomas da dislexia, pois estima-se que 85% de todo o aprendizado dependa das informações recebidas através do sistema visual.

A avaliação oftalmológica dos pacientes disléxicos deve ser dinâmica considerando a atividade ocular durante a leitura e o esforço contínuo de foco para longe, perto e distâncias intermediárias (quadro negro, livros e cadernos e computador), o fluxo de informações constante e a percepção e cognição cerebral.

Este fluxo deve se processar, de maneira contínua através de movimentos sacádicos e fixações que refletem o estilo de leitura de cada pessoa, e que independem até certo ponto da dificuldade do texto.

O estilo de leitura é caracterizado através do DPLC - Diagnóstico Padrão de Leitura e Cognição. Através do DPLC, a eficiência da leitura, aprendizado e memorização são obtidos antes e após o uso do filtros seletivos.
Avaliação da Dislexia de Leiitura/Síndrome de Irlen em São Paulo: (11) 8306-9225 (TIM)  (11) 7996-5866 (Oi)

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