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6 de fev. de 2017

Olá para todos!  Começaram bem o ano?
 Estou de volta após muito trabalho e estudo, o que me deixou pouco tempo para novas postagens.
Gostaria de compartilhar com vocês uma preocupação.
Eu tenho pensado muito sobre os alunos que temos nas escolas e sobre os pacientes no consultório que trazem, ou não, um diagnóstico de déficit  de atenção e que têm um desempenho acadêmico muito abaixo do esperado.
Certamente muitos educadores têm alunos desatentos ao extremo, outros bem distraídos e ainda um número pequeno, geralmente de alunas, que ficam quietinhas sonhando acordadas durante as aulas.
Preocupante não é mesmo! 
Sei também que muito pais se preocupam com os seus filhos que, em muitos momentos, não respondem quando são chamados e que na escola não prestam atenção às aulas e por isso sempre levam bilhetes sobre o que têm deixado de fazer na escola.
Muitos alunos têm epilepsia e desses, muitos não sabem disso.
A epilepsia é uma condição neurológica crônica grave com alta frequência em crianças e adolescentes na fase escolar e, quando os mesmos passam por momentos de crise epilética generalizada do tipo ausência (EGA) em sala de aula, acabam sendo identificados por seus professores como em estado de desatenção, distração ou em devaneios. 
Os professores podem identificar uma crise de Epilepsia generalizada tipo ausência (EGA) em seus alunos aparentemente desatentos ou distraídos durante aula, observando-se os critérios e características e comunicando os pais (caso desconheçam a condição), assim como fazendo os encaminhamentos necessários para uma avaliação neurológica.
Geralmente esses indivíduos apresentam como patologias concorrentes os transtornos comportamentais tais como birra, irritação, agressividade, medo, instabilidade de humor, dificuldades no relacionamento e transtornos psiquiátricos como TDAH-hiperatividade, depressão, dependência afetiva, psicoses, dentre outros.
Caso os profissionais da escola desconheçam essas características de seus alunos que têm epilepsia, acabarão por entender que esses comportamentos inadequados, quando presentes, são o resultado de uma má educação ou de TDAH e assim possivelmente farão um encaminhamento impreciso para equipe multiprofissional.
Por isso a importância de todos os professores saberem como identificar e distinguir uma crise epilética generalizada de ausência (EGA) de um estado de dificuldade que os alunos possam ter em manter a atenção sustentada.
O que acham?
Gostaria que vocês enviassem seus comentários e dúvidas.  
Estarei aqui para compartilhar essa informação tão importante.

Abraços e excelente ano para todos.





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